A Nova Aliança

"Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias,
diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." Hebreus 8:10 citando Jeremias 31:33

A Nova Aliança será prevista desde o AT. A diferença entre a nova e a velha aliança não está nos princípios morais que são os mesmos, e sim as ordenanças cerimônias relativas ao sacerdócio levítico e ao santuário terrestre. Enquanto que a nova aliança fala do sacerdócio e mediação de Cristo (Hb 7:23 até 8:1). A primeira foi ratificado com sangue de ovelhas e a segunda com o sangue de Jesus (Hb 9:11-15), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

E Paulo sabia disso. Ele não cancelou a Lei. Apenas explicou o que os profetas haviam ensinado: Que para que o homem servisse a Deus era necessário que a graça o alcançasse para que escreve a mesma Lei que foi anteriormente transgredida no coração do seu povo, é isto o que o contexto destas passagens diz. E isto se harmoniza com o que Davi também disse "O justo tem no coração a lei do seu Deus" (paráfrase Sl 37:30 e 31) e "De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos. Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti. (Sl 119:10 e 11). Isaías, o profeta messiânico clamou: "sela a lei no coração dos meus discípulos." (Is 8:14) e "povo em cujo coração está a minha lei" (Is 51:7).

Davi disse que a "Lei é perfeita" (Sl 19:7) e Tiago (considerado "irmão" carnal de Jesus) no Novo Testamento concorda e acrescenta, dizendo que a Lei perfeita é a Lei da liberdade (Tg 1:25), ele explica que esta lei é a lei dos 10 mandamentos (2:11) e que vamos ser julgados por esta lei (2:12).
Sendo assim a lei é a norma do juízo, e onde não a lei não há pecado, pois o pecado é a transgressão da lei (1 João 3:4). Sendo assim, se ainda existem pecadores é porque ainda há uma lei vigente, que Tiago considera como a Lei dos 10 mandamentos como vimos anteriormente, que já foi prevista por Jeremias e citada por Paulo em Hebreus.

Paulo diz que pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado (Rm 3:20). E que a fé não anula a Lei, antes a estabele ou confirma (Rm 3:31). Paulo fala de vários tipos de lei em seus escritos. Mas, essa lei que revela o pecado e que não foi anulada no capítulo 3 é a lei dos 10 mandamentos (Rm 7:7). E que apesar da sua dificuldade em obedecê-la ela tinha prazer na lei de Deus (Rm 7:22). E que agora, os que andam no Espírito não transgridem mais esta Lei (Rm 8:4 e 5), por isso para eles não há nenhuma condenação (Rm 8>1), pois eles foram perdoados e transformados por Cristo, e passaram a cumprir os requisitos da lei em sua vida (Rm 8:4).

A lei era impotente para tornar alguém obediente a ela, então Deus nos deu o Seu Santo Espírito para que vivêssemos em obediência e longe do pecado (Rm 8:3 e 4). E que não está sujeito a Lei de Deus, se constituí em inimigo de Deus (Rm 8:7) e não agradam a Deus (Rm 8:8). Deus deseja restaurar em nós a semelhança de Seu Filho (Rm 8: 29), que foi obediente a Lei (Mt 5:17 e 18) e não apenas isto, a Sua missão também era tornar a Lei gloriosa (Is 42:21).

A Lei de Deus foi glorificado por Jesus. Se a Lei pudesse ter sido mudada ou anulada, não era necessário que Cristo tivesse vindo morrer pelos pecados, e Cristo teria morrido em vão. Ele pediu para que se fosse possível, o cálice fosse afastado, mas não foi possível. A lei conforme explicada por Jesus, tem princípios muitos mais profundos do que conforme ensinados pelos fariseus. Jesus ia além da letra: Para obedecer não bastava não matar, não podia ofender ou magoar (Mt 5:21 e 22), para obedecer não bastava não adulterar, a fidelidade deveria estar impressa mesmo no jeito de olhar ou no que se pensa (Mt 5:27 e 28). A Lei de Deus, a Lei de Cristo na Nova Aliança é mais difícil de ser obedecida pelo homem carnal, mas quem ama a Deus cumpre os Seus mandamentos e estes não lhe parecem penosos (1 João 5:2 e 3). E por outro lado aquele que diz que conhece a Deus, mas não cumpre seus mandamentos é chamado de mentiroso (1 João 2:4)

Enfim, nem Jesus, Paulo, João ou qualquer apóstolo aboliu a lei no sentido de cancelar a observância dos deveres morais do homem para com Deus e seus semelhantes, conforme descritos nos 10 mandamentos. Antes, a Nova Aliança confirma aqueles 10 princípios como sendo válidos para o cristão de hoje. Ele não diminui a lei, a obrigatoriedade ou os princípios, ele explica melhor. Poderíamos até dizer que "ampliou a Lei dos 10 mandamentos sem nenhum deles".

De fato, João o último apóstolo vivo escreveu que a maneira de sabermos se realmente conhecemos a Deus é guardando os Seus mandamentos (1 João 2:3)

Disse Jesus: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos." João 14:15