22/03/2013

Luca Mendes: Um Modelo encontra a Cristo

Beleza, dinheiro, admiração, noites em boates, festas e viagens internacionais, presença nos melhores catálogos e campanhas de moda. Vida intensa, aproveitada ao máximo? “Não”, disse Luca Mendes, ocupando o centro do palco no 4º Adolecamp. Quando Luca começou a falar, a contar sua história; a noite fria, ameaçada por uma queda repentina e prolongada de eletricidade, ganhou brilho. Resplandeceu o Sol da justiça – Jesus.

Há três anos, Luca queria conquistar o disputado mundo da moda, e conquistou – tornou-se um dos modelos mais requisitados internacionalmente, fazendo campanha para grifes como Versace, Pinko e Roberto Cavalli. Foi considerado um dos oito homens mais bonitos do mundo pela lista do site “models.com”. No Adolecamp, ele mostrou algumas fotos de sua carreira meteórica. E disse logo: “Trouxe apenas algumas fotos, porque isso não importa. Não quero tomar o tempo de vocês com isso.” Luca tinha outro objetivo: falar de outra conquista, bem mais importante do que o sucesso profissional.

Luca contou que certo dia, quando ainda era modelo, ao sair de uma festa em Nova Iorque, sentou na calçada. Eram sete horas da manhã. Sentiu um forte vazio, depois de uma noite de bebidas e agito. Comeu um cachorro quente, tomou um café forte, comeu outro lanche, euforicamente. Mas o vazio continuava. Logo percebeu: sentia mais do que fome física ou cansaço boêmio. Luca sentiu o vazio mais desesperador – tinha fome, fome de vida. “Passou um flash de tudo que fiz e fui”. Ali, sentiu a voz divina, chamando-o: “O que você está fazendo? Pare agora. Porque Eu sou seu Deus. Volte para casa, você é meu, Eu o comprei.” Foi o começo de uma grande mudança.

No Adolecamp, Luca falou da infância, dos pais, do encontro inusitado, progressivo e comovente com Deus. “Não sabia quem era Deus.” Também desconhecia a existência de um conflito invisível e espiritual, diretamente relacionado à vida de cada pessoa – o conflito entre o bem e o mal. Deus, oferecendo Seu amor; Satanás, autor de todo a maldade. Tragédias familiares também deram a Luca a percepção da realidade – o mundo está em guerra e todos precisam fazer sua escolha, aceitar a Cristo. Único meio de salvação.

Luca contou de seu pai, um engenheiro que, ao sofrer um acidente de trabalho, orou a Deus. Após receber uma forte descarga elétrica, o pai só teve tempo de fazer um pedido. Não queria morrer, não tinha a certeza da salvação. Oração atendida. Logo depois, foi convidado por um amigo para ir a um culto na Igreja Adventista. Luca foi também.

Aos poucos, fez novas descobertas, que no início não aceitou. Certo sábado, ouviu uma mensagem do pastor Ivan Canhadas. Falava da vida cristã – a simplicidade, a renúncia da vaidade, das coisas materiais. “A felicidade está em Jesus”, repetia Canhadas. Apesar de discordar, Luca começou a estudar a Bíblia, ganhou o livro Eventos Finais, de Ellen G. White. Depois, ouviu outro sermão de Canhadas, com a mesma mensagem: Deus é Seu amigo, não é um tirano, está com você porque o ama. “O pastor dizia que tem que seguir ao pé da letra, a Bíblia toda, de maneira intensa, completamente. Pensei: assim todo mundo vai ter que se pastor.” Mas essa segunda mensagem o impressionou fortemente, tocou sua vida. “Transformei-me de um não seguidor de Deus, para um amigo dEle.”

Aquela manhã na calçada nova-iorquina, a atuação de Deus em sua família, a leitura do livro de Ellen White, a pregação do pastor, o toque do Espírito Santo, transformaram a vida de Luca, que no dia 27 de maio foi batizado, ao lado de sua esposa, Flávia Marchezi. No Adolecamp, já sem os dois brincos que usava, ele mandou seu recado: “Você tem que ter plena consciência com Deus. A vida é uma guerra. Você pode procurar fama, dinheiro e poder. Imagine por um momento se você conseguir. O vazio não vai acabar. Deus colocou no seu DNA, quando você nasceu, a necessidade de estar com Ele.”

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