Um dos grandes temas da Bíblia que tem gerado algum debate é o da natureza de Cristo, ou "As duas naturezas de Cristo": a divina e a humana. Um entendimento equivocado e desequilibrado pode gerar tensões teológicas entre os irmãos, e até mesmo diferenças na prática religiosa.
Se pensarmos que Jesus era apenas humano, exatamente como nós, tendemos achar que por nossa própria dedicação ou mérito podemos ser salvos. E caímos no perfeccionismo. Por outro lado, se enfatizarmos apenas a divindade de Jesus, irão se levantar aqueles que dirão: “Jesus não pecou porque era Deus, eu sou humano, peco mesmo”, e começam a dar desculpas para seus pecados, desprezando os mandamentos de Deus e adotando um antinomismo.
Procuraremos entender através das Escrituras e da Guia do
Espírito Santo, que Jesus possuir duas naturezas não era apenas importante, mas absolutamente necessário para nossa Salvação.
Vamos ler o texto de Hebreus 2:9:
“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem”.
Então podemos ver neste verso que era necessário que o Salvador fosse um ser humano para que “provasse a morte por todo homem”. Somente um ser humano poderia poderia sofrer, experimentar, provar a morte pelos pecados dos seres humanos. Vamos continuar a leitura nos versos 14 e 15:
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.”
Neste verso Paulo explica que através da Sua morte Jesus assegurou a destruição do diabo e nossa libertação. Ellen White comenta na Meditação Matinal de 2002 – Cristo Triunfante, 289 o seguinte:
"A vida que Ele entregou, resgatou a raça humana da morte eterna e selou a condenação daquele que tem o poder da morte - o diabo."
Agora vamos ler os versos 17 e 18:
“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.”
Era conveniente à nós que Ele fosse um ser humano, e passasse por tudo que passou e nós passamos para que pudesse ser nosso Sumo Sacerdote e nos socorrer em nossas tentações e dificuldades. Se você nasceu na pobreza ou passa por dificuldades financeiras, lembre-se passou por isso, foi pobre (2 Co 8:9). Se você foi tentado em conseguir o que queria de modo pecaminoso embora mais fácil, lembre-se Jesus foi tentado pelo diabo (Mt 4:1-11). Se você teve ou tem dificuldades em seguir a fé pois os parentes e amigos não te apóiam, tem dificuldade no trabalho, lembre-se: nem os irmãos de Jesus acreditavam nele e quiseram prender a Jesus dizendo que Ele estava fora de si, “levando a religião à sério de mais “(Marcos 3:21 e 31). Jesus pode lhe socorrer por que ele foi tentado, sem pecado, e aprovado. Desta forma, Ele pode lhe conduzir a uma vida vitoriosa diante de Deus. Ellen White comenta isto em O Desejado de Todas as Nações, 24:
“Portanto, Jesus "como nós, em tudo foi tentado". Heb. 4:15. Sofreu toda provação a que estamos sujeitos. E não exerceu em Seu próprio proveito poder algum que nos não seja abundantemente facultado. Como homem, enfrentou a tentação, e venceu-a no poder que Lhe foi dado por Deus.".
Era necessário que Ele fosse humano para que recebesse a Morte Eterna em nosso lugar, desmascarasse o diabo e assegurasse a sua destruição, garantisse a nossa libertação do pecado, fosse nosso Sumo Sacerdote para interceder por nós diante de Deus e nos levasse a uma vida de vitória sobre o pecado.
---- na próxima postagem estudaremos sobre a Divindade de Cristo .----
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