11/09/2011

6 razões EQUIVOCADAS para os pioneiros rejeitarem a Trindade


Qual era a posição dos pioneiros da igreja adventista sobre a Trindade, ou Divindade se assim preferirem. Para mim o que realmente essencial para nossa crença e prática é o "Assim diz o SENHOR" e não opiniões humanas que podem mudar com o tempo. Eram crentes de diversas denominações, que trouxeram os paradigmas e desconfianças para dentro da denominação. Nossos pioneiros estavam no meio de uma "salada de frutas teológica".   Vejamos:


maioria dos pioneiros não guardavam  o sábadopois vinham de denominações que santificavam o domingo. (Então você não guardará o sábado porque eles no início não guardavam?)

Alguns achavam que não necessitavam pregar para ninguémpois a porta da graça  estava fechada.  

Pensavam que pregariam o evangelho a todo o mundo, apenas dentro dos E.U.A (vejam só).

Muitos dos pioneiros comiam carne de carne de porcousavam fumo, e tinham outros hábitos não saudáveis. Inclusive, durante algum tempo, meio porco fazia parte do auxílio para a manutenção dos pastores (Ecá!).

Uriah Smith e outros pioneiros acreditavam ainda que somente  obediência perfeita aos preceitos divinos poderia conduzir o pecador à justificação perfeita. De certa forma, salvação pelas obras.



Muitos criam que tinham carne santa” e por isso não poderiam mais pecar. Estavam selados pelo Espírito Santo de tal maneira que nada os poderia influenciar novamente para a vida de pecado.

O Pastor Jerry Moon apresenta seis pontos que levaram os pioneiros a rejeitar a "tradicional" doutrina da trindade, e que isto era uma busca para encontrar o paradigma bíblico para a Divindade. Eles encontraram (ao longo do tempo) e hoje a Igreja Adventista do sétimo dia o segue, apesar de alguns dissidentes dizerem o contrário.






1ª: Eles não viam evidência bíblica para três pessoas em uma divindade. Em sua forma mais simples, o conceito de Trindade é o resultado de afirmar, pela autoridade das Escrituras, tanto a “unidade” quanto a “triunidade” de Deus, a despeito da incapacidade humana de compreender plenamente a Realidade pessoal e divina para a qual esses termos apontam.



Resposta: Deuteronômio 6:4 ensina claramente que Deus é um, mas embora o escritor pudesse ter usado o termo yakid para denotar um solitário “um”, o termo escolhido foi o hebraico ‘ekad, que denota um composto “um” ou um de um grupo, em contraste com um solitário ou enfático “um”. A mesma palavra, ‘ekad, é usada em Gênesis 2:24 para a unidade de marido e mulher, que se tornam “um”, mas dentro desta unidade, ainda retêm sua individualidade.[1] Uma extensa discussão da evidência bíblica está além do escopo deste artigo, mas basta dizer que o Antigo e o Novo Testamento contêm indicações de que o Único Deus não é meramente solitário, e o Novo Testamento explicitamente se refere ao Pai, Filho e Espírito Santo (veja, por ex., Mt 28:19, 2Co 13:13) (ibid., 21-117).

2ª: A concepção errônea que o termo “Trindade” tornava o Pai e o Filho idênticos. Já notamos o testemunho de Bates: “Com respeito à Trindade, concluí que me era impossível crer que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, era também o Deus Todo-poderoso, o Pai, um e o mesmo ser.” D. W. Hull, J. N. Loughborough, S. B. Whitney e D. M Canright partilhavam desta opinião.
[O conceito de que o Pai e o Filho são idênticos aproxima-se de uma antiga heresia chamada Monarquianismo Modalista, ou Sabelianismo (de Sabélio, um dos seus proponentes do terceiro século). Os modalistas “afirmavam que na Divindade a única diferenciação era uma mera sucessão de modos ou operações.” Os modalistas negavam a triunidade de Deus e asseveravam que Pai, Filho e Espírito Santo não são personalidades separadas].

Resposta: Eles rejeitavam esta concepção medieval-filosófica sobre a Trindade, mas não o conceito que hoje temos da Trindade conforme está registrado na 2ª crença fundamental dos adventistas do 7º dia “Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas coeternas.” Não é muito diferente da declaração de  Urias Smith em 1898, “Esta união entre o Pai e o Filho não diminui a nenhum dos dois, mas fortalece a ambos. Por meio dela, em conexão com o Espírito Santo, temos toda a Divindade.”[2]

3ª: A compreensão equivocada de que ela ensina a existência de três Deuses. “Se Pai, Filho e Espírito Santo são cada um de per si Deus, seriam três Deuses”, escreveu Loughborough em 1861.
Em 1892 a Pacific Press publicou um panfleto intitulado The Bible Doctrine of the Trinity (A Doutrina Bíblica da Trindade), de Samuel T. Spear. O panfleto corrigia dois conceitos equivocados prevalecentes da doutrina da Trindade, mostrando que ela “não é um sistema de triteísmo, ou a doutrina de três Deuses, mas é a doutrina de um Deus subsistindo e agindo em três pessoas, com a qualificação de que o termo ‘pessoa’... quando usado nesta relação, não deve ser compreendido em qualquer sentido que o tornaria incompatível com a unidade da Divindade.”[3]


4ª A opinião que a crença na Trindade diminuiria o valor da expiação. Eles arrazoavam que como “o Deus sempre vivo e auto-existente” não pode morrer, então se Cristo tivesse existência própria como Deus, Ele não poderia ter morrido no Calvário. Se apenas a humanidade morreu, então Seu sacrifício era meramente um sacrifício humano, inadequado para a redenção. Destarte, a fim de proteger a realidade de Sua morte na cruz, os primeiros adventistas achavam que eles tinham de negar que Cristo, em Sua preexistência, possuía divina imortalidade.

Resposta: Conquanto este raciocínio pudesse ter parecido lógico a alguns, suas premissas básicas foram terminantemente rejeitadas por Ellen White em 1897. Ela declarou que quando Jesus morreu na cruz, “a divindade não morreu. A humanidade morreu.”[4] Sua influência sobre os leitores adventistas, e a confiança destes na fonte de sua informação era tal que as implicações de tal pronunciamento não podiam ser ignoradas, dando aos eruditos adventistas mais um motivo para reavaliar seu paradigma básico concernente à Divindade.

O enfoque em “Cristo nossa justiça”, dado pela sessão da Conferência Geral de 1888, e a conseqüente exaltação da cruz de Cristo, pôs seriamente em dúvida se uma divindade derivada, subordinada, podia adequadamente esclarecer o poder salvador de Cristo. E. J. Waggoner insistiu na necessidade de “apresentar a legítima posição de Cristo em igualdade com o Pai, a fim de que Seu poder para redimir pudesse ser melhor apreciado.”[5]

“O fato de que Cristo é uma parte da Deidade, possuindo todos os atributos da Divindade, sendo igual ao Pai em todos os aspectos, como Criador e Legislador, é a única força que há na expiação... Cristo morreu ‘para levar-nos a Deus’ (1Pe 3:18); mas se Lhe faltava um jota de ser igual a Deus, não poderia levar-nos a Ele.”[6]

5ª: O entendimento errado de textos sobre Cristo[7]: Em que Ele  é chamado “Filho de Deus” e “o princípio da criação de Deus” (Ap 3:14) eram utilizados para provar que Ele devia ser de origem mais recente do que Deus o Pai.

Resposta:
a) Filho de Deus: “ Conquanto mais exaltado que qualquer dos anjos, conquanto tão grande quanto o Pai no trono celeste, Ele Se tornou um conosco. NEle, Deus e a humanidade se tornaram um, e é nesse fato que encontramos a esperança de nossa raça caída.” Youth's Instructor, 21 de novembro de 1895.

“Jesus nos ensina a chamar Seu Pai nosso Pai. Ele não Se envergonha de nos chamar irmãos. (Heb. 2:11.) Tão pronto, tão ansioso é o coração do Salvador de acolher-nos como membros da família de Deus, que logo nas primeiras palavras que devemos usar ao aproximar-nos de Deus, dá-nos a certeza de nossa divina relação - "Pai".” Maior discurso de Cristo, 105.

“Jesus é nosso exemplo. [...] E todo jovem que segue o exemplo de Cristo na fidelidade e obediência em Seu humilde lar, pode reclamar aquelas palavras proferidas a respeito dEle, pelo Pai, por intermédio do Espírito Santo: "Eis aqui o Meu Servo a quem sustenho, o Meu Eleito, em quem se compraz a Minha alma." Isa. 42:1.” DTN, 74.

“A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência que é requerida do homem. O homem não pode vencer as tentações de Satanás sem combinar o poder divino com o seu auxílio. Assim foi com Jesus Cristo: Ele podia lançar mão do poder divino. Ele não veio ao nosso mundo para prestar a obediência de um Deus inferior a um superior, mas como homem, para obedecer à Santa Lei de Deus, e desta maneira Ele é nosso exemplo. O Senhor Jesus veio ao nosso mundo, não para revelar o que Deus podia fazer, e, sim, o que o homem podia realizar, mediante a fé no poder de Deus para ajudar em toda emergência. O homem deve, pela fé, ser participante da natureza divina e vencer toda tentação com que é assaltado.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 139 e 140.

“Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. ... Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que vivera sempre com Ele.” Signs of the Times, 29 de agosto de 1900.
“Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” Manuscrito 101, 1897.

Resumindo: Deus veio como sendo um “Filho” para nos ensinar a chamar a Deus de “Pai”. Venho para nos ensinar a respeito de Deus, e como devemos viver em relação a Ele: dependência, obediência e confiança.

b) Princípio da Criação:
ρχή - Palavra que tem sentido passivo (o 1º que recebe a ação) e também ativo (o que gera a ação). Como a palavra pode ter 2 sentidos, precisamos ver o contexto do tema para entender o que João (Através do Espírito Santo quis dizer).
O que a Bíblia diz quando fala de Cristo e a Criação no mesmo contexto?  João 1:3 (todas as coisas foram feitas por ele). A declaração notavelmente similar de Colossenses 1: 15-16 nos traz luz sobre o assunto. Esta tinha sido lida pela igreja da Laodicea muitos anos antes (Col. 4:16).Vejamos:

Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis                                            e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.
Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia.” Colossenses 1: 15-16

O texto a si mesmo se explica: Ser chamado de “princípio” ou “primogênito” é uma figura de linguagem para descrever ao Jesus Cristo como primeiro em categoria.  Esta figura deriva da dignidade e posição pertencentes ao primogênito de uma família. É um título que indica “primazia” e ainda “preexistência”. Paulo destaca a posição de Cristo porque está procurando fazer frente aos argumentos dos falsos mestres, que declaravam que Cristo era criado e negavam sua supremacia.
            Podemos ter este entendimento comparando com outras passagens do Novo Testamento:

“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio [ρχή] e o Fim.” Apocalipse 22:13

“Dessarte, matastes o Autor [avrchgo.n] da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.” Atos 3:15


“Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe [avrchgo ] e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. Atos 5:31

c) Primogênito da Criação: Aqui é um título de honra a Cristo tal qual em Êxodo 4:22 o é aplicado à Israel “Dirás a Faraó: Assim diz o SENHOR: Israel é meu filho, meu primogênito”. Ou ainda em Apocalipse 1:5 “Primogênito dos mortos”, Ele não foi o primeiro a morrer, nem a ressuscitar, mas todas as ressurreições que se deram e a dos justos só ocorerá devido à esta (Rom. 14:9; 1 Cor. 15:12-23). É portanto usado como figura de linguagem que denota à preexistência de Cristo bem com sua soberania (Soberano dos reis da terra).
            É interessante notar que a Bíblia utiliza esta linguagem figurada em outros textos como:

Apocalipse 1:5 (primogênito e soberano), que relembra Salmo 89:27 – “Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra. É um salmo onde o rei de Israel é chamado de primogênito figuradamente, onde o descendente de Davi será colocado como o “soberano” ou “primeiro” entre os reis.

Hebreus 12:23 – No Céu haverá uma igreja apenas com os primeiros filhos de cada casal? Mas será isto que estaremos afirmando  se tomarmos “igreja dos primogênitos” como literal ou invés de figurado descrevendo os salvos “à universal assembleia” como o próprio texto diz. Eu sou o 1º filho por parte de mãe e não por parte de pai, será que eu entrarei no céu?

O termo chega a ser usado com o sentido de um qualificativo superlativo em Isaías 14:30 afirma: "Os primogênitos dos pobres serão apascentados", isto quer dizer: Os mais pobres, os paupérrimos serão apascentados.

Em Gênesis 41:50-52 nos é dito que Manassés é o primogênito de José, no entanto Jeremias 31:9 afirma: "Efraim é o meu primogênito."

Na sua relação com Deus, Cristo jamais é chamado primogênito, mas sim unigênito (melhor traduzido como único)[8], ele só é chamado de primogênito em relação à humanidade[9], no sentido de representante desta (segundo adão: Rm 5:12-21; 1Co 15:45), ou seja seu Salvador (Jo 4:42; 1 Jo 4:14), Mediador (1Tm 2:5) e Sumo Sacerdote (Hb 2:17, 7:26, 8:1).


6ª O entendimento errado de textos sobre o Espírito Santo: Argumentava-se que “há várias expressões concernentes ao Espírito Santo que indicavam que Ele não podia adequadamente ser considerado como uma pessoa, tais como sendo ‘derramado’ no coração [Rm 5:5], e ‘derramarei sobre toda a carne’ [Jl 2:28].”

Resposta: Estes argumentos, porém, dependiam de dar uma interpretação muito literal a expressões que podiam também ser vistas como figuras de linguagem, tais como os textos a seguir:

Cantares de Salomão 1:3 – “Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o teu nome; por isso, as donzelas te amam.”

Ezequiel 20:23 – “Também levantei-lhes no deserto a mão e jurei espalhá-los entre as nações e derramá-los pelas terras;”

1 Samuel 1:15 Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma [Nephesh] perante o SENHOR.

2 Samuel 14:14 – “Porque temos de morrer e somos como águas derramadas na terra que já não se podem juntar; pois Deus não tira a vida, mas cogita meios para que o banido não permaneça arrojado de sua presença.”

Salmo 142:2 – “Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação.”

Salmo 22:14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”


E devemos comparar com outros textos da Bíblia que falam sobre o mesmo assunto:

Atos 10:45 – “E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo;”

Romanos 5:5 “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”

Textos de Ellen White sobre a trindade.

Além disso temos alguns textos de Ellen White que ajudaram a esclarecer esta questão da Trindade:

            

“A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.” Conselhos sobre Saúde, 222

“Os que são batizados no tríplice nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ao iniciarem a vida cristã declaram publicamente ter abandonado a servidão de Satanás e se tornado membros da família real, filhos do Rei celeste.” Testimonies, vol. 6, pág. 91.

“Quando um cristão se submete ao solene rito do batismo, os três maiores poderes do Universo - o Pai, o Filho, e o Espírito Santo - dão Sua aprovação ao seu ato, comprometendo-Se a exercer Seu poder em seu favor ao ele esforçar-se para honrar a Deus.” Signs of the Times, 16 de agosto de 1905.

“O Pai, o Filho, e o Espírito Santo, a eterna Divindade, estão envolvidos na ação requerida para assegurar ao instrumento humano que todo o Céu está em união para contribuir no exercício das faculdades humanas em alcançar e reforçar a plenitude dos poderes tríplices e em unir-se na grande obra designada, ligando os poderes celestiais com o humano para que o homem se torne, mediante eficiência celeste, participante da natureza divina e coobreiro de Cristo.” Manuscrito 45, 1904.

“Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Divindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder.” Desejado de todas as nações, 671. Publicado em 1898.

“Na conclusão da obra enfrentaremos perigos com os quais não sabemos como lidar; não esqueçamos, porém, que os três grandes poderes do Céu estão operando, que uma mão divina se encontra ao leme, e que Deus levará a cabo os Seus desígnios. Ele reunirá do mundo um povo que O há de servir em justiça.” Review and Herald, 5 de maio de 1903. Mensagens Escolhidas, vol.2, p. 391.

Conclusão
Portanto, nenhum destes seis pontos é uma objeção válida ao conceito básico trinitariano de um Deus em três Pessoas. No entanto, todos eles eram baseados em textos bíblicos. Finalmente os adventistas mudaram seu ponto de vista da Divindade porque chegaram a uma compreensão diferente dos textos bíblicos.
O desenvolvimento da doutrina da Divindade no adventismo do sétimo dia pode ser dividido em seis períodos: (1) Predominância antitrinitariana (1846-1888); (2) Insatisfação com o antitrinitarianismo (1888-1898); (3) Mudança de paradigma (1898-1913); (4) Declínio do antitrinitarianismo (1913-1946); (5) Predominância trinitariana (1946-1980); e Tensões renovadas (1980 até o presente).
O longo processo de mudança desde a rejeição inicial do trinitarianismo dos credos pelos primeiros adventistas até à sua eventual aceitação de uma doutrina da Trindade poderia ser corretamente chamada de uma busca por uma Trindade bíblica. Eles não eram tão preconceituosos contra as fórmulas tradicionais, mas estavam decididos a seguir à risca sua doutrina o mais perto possível das Escrituras. A fim de basear suas crenças somente nas Escrituras e privar a tradição de exercer qualquer autoridade teológica, eles achavam metodologicamente essencial rejeitar toda doutrina não claramente fundamentada apenas nas Escrituras. Sendo que a doutrina tradicional da Trindade continha claramente elementos não escriturísticos, eles a rejeitaram. Finalmente, porém, eles se convenceram de que o conceito básico de um só Deus em três pessoas era realmente encontrado nas Escrituras.


[1] (Woodrow Whidden, “The Strongest Bible Evidence for the Trinity,” in The Trinity: Understanding God’s Love, His Plan of Salvation, and Christian Relationships, Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve [Hagerstown, MD: Review and Herald, 2002], 33-34).
[2] Smith, Looking Unto Jesus, 3, 10, 17, esp. 13.
[3] Samuel T. Spear, “The Bible Doctrine of the Trinity, Bible Students,” Library, nº 90 (março de 1892), 3-14, reimpresso de New York Independent, 14 de novembro de 1889.
[4] E. G. White, Manuscrito 131, 1897, citado em SDA Bible Commentary, ed. Francis D. Nichol (Washington, DC: Review and Herald, 1954), 5:1113. Posteriormente ela escreveu outra vez: “A humanidade morreu: a divindade não morreu” (idem, “The Risen Savior,” Youth’s Instructor, 4 de agosto de 1898, parágrafo 1).
[5] J. H. Waggoner, The Atonement [Oakland, CA: Pacific Press, 1884), 19.
[6] Ibid., 44.
[7] O s anjos que eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à vontade de seu Criador. Justificaram o ato de Deus em conferir honra a Seu Filho, e com fortes razões tentaram convencer Lúcifer que não lhe cabia menos honra agora, do que antes que o Pai proclamasse a honra que Ele tinha conferido a Seu Filho. Mostraram-lhe claramente que Cristo era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos fossem criados, que sempre estivera à mão direita de Deus, e Sua suave, amorosa autoridade até o presente não tinha sido questionada; e que Ele não tinha dado ordens que não fossem uma alegria para o exército celestial executar. Eles insistiam que o receber Cristo honra especial de Seu Pai, na presença dos anjos, não diminuía a honra que Lúcifer recebera até então. Os anjos choraram. Ansiosamente tentaram levá-lo a renunciar a seu mau desígnio e render submissão ao Criador; pois até então tudo fora paz e harmonia. ... Lúcifer recusou ouvi-los. História da Redenção, págs. 13-16.
[8] João 1:14 e 18, 3:16 e 18. 1 João 4:9.
[9] Rom. 8:29 - Primogênito entre muitos irmãos - Cabeça da família Humana, Segundo Adão, Causador/Autor da Salvação. Col. 1:15 e Apoc. 1:5 - Primogênito de toda a criação – Senhor da Criação, Criador. Col. 1:18 - Primogênito dentre os mortos – Causador da Ressurreição dos Justos (1 Co 15).
Heb. 1:6 - Deus, introduz o primogênito no mundo – “mais excelente do que os anjos” (vs. 4). Aqui o apóstolo Paulo afirma a superioridade de Cristo sobre os seres celestiais. Como a irmã White afirma em DTN, 51: “Primogênito do Céu”.

Baseado (e em alguns momentos extraído) no Comentário Bíblico Adventista e  O debate adventista sobre a Trindade by Jerry Moon, Ph.D.

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