Beber moderadamente não traz benefícios
Um estudo realizado na Itália com 3 mil adultos aponta que beber moderadamente pode não trazer os benefícios proclamados por outras pesquisas. O estudo foi feito com pessoas de 70 a 79 anos e mostra que fatores ligados ao estilo de vida, como exercícios e alimentação saudável, são muito mais ligados à saúde do que a o costume de beber pouco ou moderadamente. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Ferrara, beber uma ou duas doses alcoólicas diárias podem simplesmente ser um costume de pessoas saudáveis, e não o motivo pelo qual elas têm saúde. Vários estudos mostram que pessoas que bebem moderadamente vivem mais que os abstêmios e as que bebem muito. Pesquisas anteriores mostram que existe uma relação entre o consumo de álcool e a mortalidade, em que o risco de morte diminui com algumas doses semanais e aumenta quando as doses também são em maior número. O principal motivo apontado para isso é a diminuição do risco de doenças cardiovasculares em pessoas que bebem moderadamente. Além disso, o álcool serve como afinador do sangue e reduz o risco do entupimento de artérias, como a aspirina. Porém, muitas pesquisas passaram a relacionar a bebida com inúmeras melhorias fisiológicas, desde capacidade cognitiva a cura de resfriados, levando à suspeita dos pesquisadores italianos. [Mudanças saudáveis no estilo de vida, sem os riscos do consumo de álcool, levam aos mesmos benefícios.]A equipe que fez o estudo analisou um questionário feito com os participantes da pesquisa, que responderam sobre a sua ingestão de álcool e problemas comuns durante a terceira idade, como dificuldades cognitivas, quedas e declínio das funções corporais. Os resultados mostraram que as pessoas que afirmaram beber moderadamente têm estas funções em melhor estado que aquelas que não bebem ou que bebem muito.A pesquisa, entretanto, foi mais fundo na questão: outro questionário foi feito para observar características relacionadas ao estilo de vida, como atividades físicas, peso, educação e renda. Quanto mais o estilo de vida era levado em consideração, menos o consumo de álcool parecia ter um papel importante para os resultados positivos durante a idade avançada.Além disso, os pesquisadores consideraram que, muitas vezes, os abstêmios deixam de beber devido a medicações usadas para tratar doenças ou até mesmo porque se sentem doentes ou fracos para ter o hábito. [...](Hypescience)
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