Antigas pirâmides erguidas por civilizações já abocanhadas pelo tempo, com diversas câmaras, passagens subterrâneas e “maldições”, nos remetem diretamente ao Egito e sua sacralizada herança histórica. Mas isso está prestes a mudar. Arqueólogos da Bósnia-Herzegovina descobriram um vale de pirâmides na cidade de Visoko, perto de Sarajevo, a capital do país. A principal estrela do vale é a “Pirâmide Bósnia do Sol”, com altura de 220 metros. Para se ter ideia de sua grandiosidade, são necessárias algumas comparações. A Grande Pirâmide do Egito tem “apenas” 148 m, e a Pirâmide do Sol de Teotihuacán, no México, 74 m. Cada bloco da “nova” pirâmide pesa aproximadamente 20 toneladas, o que a torna ainda mais impressionante.
O governo egípcio, preocupado com o teor da descoberta e de como ela poderia afetar o turismo no país, enviou um time de quatro especialistas para checar a veracidade dos fatos: o arqueólogo e egiptólogo Nabil Swelim, descobridor de quatro pirâmides, o geólogo Aly Barakat e os arqueólogos Soliman Hamed e Mona Fouad Ali, da Universidade do Cairo. Após 15 dias de estudos, a conclusão da equipe foi que a “Pirâmide Bósnia do Sol” é de fato a maior do mundo.
Os cientistas mostram que a pirâmide data de 12 a 15 mil anos atrás. Mas material orgânico – mais precisamente pedaços de madeira – encontrado nos túneis foi datado entre 31 e 34 mil anos, segundo testes realizados no Laboratório Kiel, na Alemanha, e no Laboratório Gliwice, na Polônia. [Interessante ver essas discrepâncias de datação, o que revela que o método nem sempre é cem por cento seguro.]
Em entrevista à CH On-line o arqueólogo bósnio Semir Osmanagich, responsável pela descoberta, disse que “os resultados são impressionantes, pois mostram que havia atividade humana avançada na Bósnia no mesmo período em que engenhosos desenhos foram feitos na Espanha e na França, cerca de 32 mil anos atrás”. Osmanagich conta que até agora eles descobriram apenas duas entradas para os túneis subterrâneos, que em um passado distante foram alagados, como mostram estudos feitos no local.
Geofísicos do respeitado instituto alemão LGA Bautechnik realizaram testes e encontraram 44 anomalias – passagens subterrâneas ou áreas pavimentadas – em todo o vale. Os pesquisadores também encontraram escritas entalhadas em rochas. Análises de especialistas húngaros certificam que os entalhes e as gravuras nos túneis subterrâneos em muito se assemelham a antigas escritas europeias, como o rúnico e o glozélico.
Outra característica que faz com que os cientistas envolvidos na descoberta a considerem como uma das mais excitantes dos últimos tempos é a dureza do concreto usado na “nova” pirâmide. Segundo pesquisas feitas no Instituto de Materiais da Universidade de Zenica e no Instituto de Engenharia Civil da Universidade de Sarajevo (ambos na Bósnia-Herzegovina), sua dureza é quatro vezes maior que a do concreto moderno. Além disso, a permeabilidade também é maior que a do concreto de hoje. Enquanto aquele tem uma taxa de absorção de água de cerca de 1%, o concreto moderno tem uma taxa de até 3%.
Alguns pesquisadores da área não aceitam a descoberta e argumentam que a existência de pirâmides na região dos Bálcãs é impossível. Isso porque não há qualquer registro de civilizações europeias que tenham tentado construir pirâmides em algum momento de sua história. Eles consideram que as antigas civilizações da Bósnia-Herzegovina não eram capazes de construir estruturas colossais como pirâmides. E defendem que a estrutura apontada como “maior pirâmide do mundo” não passa de uma formação natural, sem qualquer interferência humana.
Os detratores da “nova” pirâmide, com o apoio da Associação Europeia de Arqueólogos, encaminharam petições ao governo bósnio solicitando a suspensão das pesquisas. Mas uma comissão formada pelo governo do país para estudar o caso rejeitou as acusações.
Verdade ou mentira, fato é que a discussão aventa novas perspectivas no campo da história e da arqueologia. Esse, aliás, é o ponto de vista da arqueóloga Mona Haggag, da Universidade de Alexandria, no Egito. Ela sustenta que “a descoberta ajuda a escrever novas páginas da história europeia e mundial”.
Ao ser questionado sobre o motivo de as pirâmides terem sido descobertas só agora, apesar de todo o aparato tecnológico da atualidade, Osmanagich diz que “ninguém viu o óbvio na frente de seus olhos talvez porque elas estejam encobertas por solo e vegetação, como acontece com outras pirâmides na China e Guatemala”, defende o arqueólogo.
Desde a descoberta, a pequena Visoko já recebeu mais de um milhão de turistas. Isso acabou levando à criação de um parque arqueológico no vale das pirâmides e de uma fundação responsável pelas pesquisas a serem feitas no local. “Ainda há muitos segredos a serem desvendados”, afirma Osmanagich.
(Ciência Hoje)
Nota: Mesmo que essa superpirâmide bósnia não seja verdadeira, todas as outras já descobertas – no Egito, no México, na China, etc. – deixam evidente a tecnologia e engenhosidade dos humanos do passado. Além disso, a semelhança entre as pirâmides também aponta para um conhecimento arquitetônico comum, o que é de se esperar de uma cultura avançada que foi se espalhando pelo mundo a partir de um único ponto de dispersão. Dá para entender a preocupação quase desesperada dos cientistas (certamente darwinistas) em negar o achado, já que ele aponta para nossa origem superior e não animalesca. Ou isso, ou terão que apelar mais uma vez para a fictícia “ajuda extraterrestre”. Que sinuca, não? Dar razão aos criacionistas ou aos ufólogos?[MB]
Fonte: Criacionismo
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