27/03/2012

Proibida a Entrada de Animais

Sabei que o vosso pecado vos há de achar. Números 32:23


Nossa família estava passando um feriado nas colinas Nilgiri, no sul da Índia. No domingo de manhã, decidimos comer fora. Íamos deixar Bosco (nosso macaquinho de estimação) no quarto quando Stephen, de 12 anos de idade, percebeu uma vidraça quebrada por onde Bosco poderia escapar. Ele teria de ir conosco.

Na entrada do restaurante, entretanto, havia uma placa que dizia: “Proibida a Entrada de Animais.”

– Tranque Bosco no carro – ordenou meu marido.

– Ele vai sair! – protestou David, de oito anos. – Ele sabe abrir e fechar as janelas do carro. – Uma correia tampouco resolveria, porque Bosco sabia desatar nós e soltar ganchos.

– Mamãe, a senhora vai ter que cuidar do Bosco enquanto almoçamos! – sugeriu Esther, de 11 anos.

– Epa, isso não é justo! – reclamei. – Sei o que podemos fazer. Vou escondê-lo dentro do meu agasalho.

Abotoei o pesado suéter de tricô vermelho e enfiei Bosco por dentro. Cruzando os braços sobre a cintura, disse:

– Vamos lá! Ninguém saberá que ele está aqui. Vamos! Comportem-se como se tudo estivesse normal.

Ron entrou primeiro, seguido por nossos três filhos.

A única mesa vaga ficava do outro lado do salão. De repente, todas as conversas cessaram. Todos estavam olhando para mim! Olhei para baixo. Cinquenta centímetros de cauda de macaco apareciam no centro de minha saia!

Nesse momento, Bosco abriu um botão e enfiou a cabecinha para fora, espiando. Todos prorromperam em gargalhadas! Não fazia sentido continuar fingindo. Tirei-o de dentro da roupa para que todos o vissem.

Um garçom veio em minha direção. Minha embaraçada família fez de conta que não me conhecia. Felizmente, deixaram Bosco permanecer lá dentro. Depois me perguntei por que eu me havia esforçado tanto para fingir que ele não estava ali.

De vez em quando sou tentada a abotoar o casaco e esconder meus erros lá dentro, esperando que as pessoas não descubram que tipo de pessoa realmente sou. Mais cedo ou mais tarde, entretanto, a cauda de meus pecados aparece, para que todos possam vê-la.



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