Dica de Leitura:
Apesar de ser um livro com o foco direcionado para empresas, podemos aplicar em diversas áreas de nossa vida, como nossos relacionamentos e trabalho da igreja.
O livro começa com uma
introdução que ele chama de revolução dos pontos fortes, porque
tradicionalmente as empresas e as pessoas estão mais focados em trabalhar os
pontos fracos do que os pontos fortes de cada pessoa. Essa abordagem vem
tentando quebrar este paradigma. Para o instituto Gallup os resultados das
pesquisas com os melhores gerentes do mundo indicaram que “o maior potencial de
crescimento de cada pessoa está nas áreas onde ela tem seu ponto mais forte.”
Todos os dias precisamos
tomar várias decisões instintivas. Elas são fruto dos nossos temas pessoais.
Muitas empresas definem um modelo de funcionário padrão para cada função, mas
cada individuo é diferente um do outro. No esforço se tornarem “um pão de
forma” há muito sofrimento no colaborador e baixo rendimento na empresa. Muitos
se cansam sem atingir o resultado esperado e se frustram por não saberem lidar
consigo mesmos. Se ao menos soubessem quem são a história seria diferente.
Por isso, a proposta inicial
é o autoconhecimento, principalmente em relação aos seus temas pessoais que se
forem devidamente trabalhados serão os seus pontos fortes. Os meus temas são:
Contexto, Harmonia, Intelecção, Restauração e Prudência.
Muitas vezes os nossos temas
pessoais não são o que gostaríamos que fossem, ou aqueles que achamos perfeitos
para nossa profissão ou vocação. Os autores chegam até a mencionar a
possibilidade de mudança de trabalho, mas estimulam a pessoa a trabalhar nos
seus pontos fortes dentro da função que já exerce. Usar o que você tem de melhor
para atingir a excelência.
Para mim como pastor
distrital os meus temas são bastante úteis. Posso usar o contexto e a
intelecção para preparar sermões e estudos bíblicos. Harmonia e restauração
para administrar as comissões, fortalecer a unidade dos líderes e demais
membros, e ajudar na recuperação das pessoas que preciso atender. Prudência
também é muito importante para calcular os riscos e benefícios das ações e
projetos que tenho que fazer para que nada falhe.
Devemos trabalhar nossos
pontos fortes de maneira que determinada atividade possa ser feita de forma
consistência, com alegria e êxito. Armar o talentos naturais com conhecimentos
e técnicas para criar nossos pontos fortes. Desta maneira poderemos nos
destacar por aquilo que somos e não o que não o somos. Não devemos perder tempo
tentando mudar nossos talentos, mas sim habilitando os que temos para que nós mesmos e outros
possam ser ainda mais beneficiados.
Uma das coisas que me
chamaram a atenção no livro foi a abordagem positiva. Procurar ver em mim mesmo
o que eu tenho de melhor e como ter mais satisfação e atingir os melhores
resultados com constância sendo eu mesmo, só que mais desenvolvido. Uma abordagem que eu diria mais
‘humanizadora’ e menos mecânica. “Se sou um bolo não sou um pão de forma.
Não devo me sentir frustrado. Pois posso ser nutritivo, apetitoso, vendável,
etc.... como eu sou.”
Aquilo que para um
parecia ser teimosia, pode desenvolver-se para perseverança. O medroso passa a
ser prudente, “a cara que viaja na maionese”
ou o “cdf” passa a ser o intelectual. Para eu que sou cristão, talvez
seja uma abordagem próxima a de Jesus que vê em mim o que eu vou me tornar. O
impulsivo Simão se tornaria a pedra: “tu, pois, quando te converteres, [desenvolveres teus
pontos fortes] fortalece os teus irmãos.” Lucas 22:32
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