26/10/2011

Comerciantes Cristãos



Há homens e mulheres que por amor de Cristo abandonaram tudo. Para eles os seus interesses temporais, o convívio das pessoas de suas relações, de sua família, de seus amigos são de menor importância do que os interesses do reino de Deus. Em sua afeição, não puseram propriedades, parentes e amigos em primeiro lugar e a causa de Deus em segundo. Os que isto fazem, que devotam a vida ao progresso da verdade, a fim de levar muitos filhos e filhas a Deus, têm a promessa de ser-lhes isto recompensado centuplicadamente nesta vida, devendo fruir a alegria da vida eterna no mundo por vir. Os que trabalham possuídos de ideais nobres e altruístas, consagrarão a Deus o corpo, a alma e o espírito. Não buscarão sua exaltação própria; não se sentirão aptos a assumir responsabilidades; mas não se recusarão a elas, porque terão o desejo de fazer tudo quanto lhes seja possível. Estes não buscarão suas próprias conveniências; a pergunta que farão é: qual é o dever?


Quanto maior for a responsabilidade de uma posição, tanto mais importante é que a influência nela exercida seja boa. Cada homem que Deus tiver escolhido para Sua obra, torna-se alvo de Satanás. Fortes e grandes tentações o assaltam, porque nosso sagaz inimigo sabe que sua conduta terá uma influência educadora sobre outros. Estamos em meio dos perigos dos últimos dias, e Satanás desceu com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo. Por isso opera com todo o engano da injustiça; todo o Céu está, porém, à disposição daquele que põe em Deus a sua confiança. A nossa única segurança está em nos apegarmos a Jesus, não consentindo que coisa alguma nos separe de nosso poderoso Ajudador.
Indivíduos relacionados com a obra e que têm apenas uma aparência de piedade, são de temer. Esses certamente hão de trair a confiança neles depositada. Deixando-se vencer pelas seduções do tentador, colocarão em perigo a causa de Deus. Sobrevir-lhes-ão tentações de fazer prevalecer o próprio eu, revelando-se neles um espírito de exaltação e crítica, e em muitos casos manifestar-se-á da parte deles falta de compaixão e contemplação com os que deveriam ser tratados com atenciosa ternura.

"Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Gál. 6:7. Que espécie de semente estamos lançando? Qual será nossa colheita no tempo e na eternidade? A cada qual o Mestre designou sua obra de acordo com sua capacidade. Estamos nós lançando a semente da verdade e da justiça, ou da incredulidade, suspeita e amor do mundo? O que estiver lançando semente má poderá discernir a natureza de sua obra, e, arrependendo-se, ser perdoado. Mas o perdão do Mestre não modificará a natureza da semente que tiver sido lançada, transformando em trigo precioso espinhos e abrolhos. O semeador mesmo poderá ser salvo "como pelo fogo"; mas quando o tempo da ceifa chegar só será encontrado o venenoso joio onde deviam existir maduras e ondeantes searas. Aquilo que foi semeado com ímpia irreflexão fará a sua obra de morte. Este pensamento faz doer-me o coração e o enche de tristeza. Se todos os que professam crer na verdade lançassem a semente preciosa da bondade e do amor, da fé e da coragem, em seu peregrinar ascendente, louvariam ao Senhor em seu coração e se regozijariam nos raios resplandecentes do Sol da justiça, recebendo no grande dia da ceifa uma eterna recompensa. Testemunhos Seletos, vol. 2. 138-139

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